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Para presidente emérito do Inter-American Dialogue, caminho seriam eleições diretas, ‘porque Congresso está desmoralizado’.
As “novas revelações” sobre o presidente Michel Temer acabaram com a pouca credibilidade internacional que ele tinha e comprometeram a capacidade do Brasil de exercer influência na região e fortalecer os laços com os Estados Unidos, avalia Peter Hakim, presidente emérito do Inter-American Dialogue. Questionado sobre a permanência de Temer no poder, ele disse ao Estado: “Não vejo como”.
O senhor vê alguma chance de sobrevivência de Temer?
Não vejo como. Mesmo se Temer não tivesse dito uma palavra enquanto ouvia o que Joesley (Batista, dono da JBS) dizia, não é responsabilidade do presidente reportar atividades criminosas? Não dizer nada sugere cumplicidade.
O melhor seriam eleições diretas, porque o Congresso está desmoralizado. A outra solução seria identificar alguém que seja respeitado. Os únicos candidatos para isso seriam atuais ou ex-integrantes do Supremo. Outra possibilidade seria uma figura econômica, como (Henrique) Meirelles, mas ele é identificado como autor de reformas impopulares.
O que será das reformas?
O Brasil tem uma séria crise de governabilidade. Um presidente impopular e acusado de corrupção e obstrução à Justiça, ninguém claramente pronto para seu lugar. Isso torna muito difícil a aprovação de reformas.
Como Washington reage?
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