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    Assim como na Venezuela, o centro foi extirpado no Brasil, diz Peter Hakim

    São Paulo – Assim como na Venezuela, o centro, alinhado à direita ou à esquerda, foi extirpado da política brasileira nas eleições 2018. A constatação é do cientista político americano Peter Hakim, um dos maiores especialistas em política externa da América Latina e fundador do prestigiado think tank, The Dialogue.

    Por escrito, Hakim concedeu uma entrevista a EXAME nos dias seguintes ao resultado do primeiro turno da corrida eleitoral e deu o seu diagnóstico sobre o panorama político no Brasil e o estado da democracia na América Latina. “A democracia foi severamente maltratada em alguns países”, avaliou, “mas vejo eleições justas e competitivas na maior parte da região”.

    Apesar do posicionamento positivo em relação aos últimos acontecimentos eleitorais latino-americanos, Hakim vê com preocupação os próximos capítulos da história brasileira e deixa o alerta: “Tudo o que acontece no Brasil pode ter um profundo e poderoso impacto na América Latina.”

    EXAME – Há quem diga que a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos abriu espaço para o surgimento de governos conservadores e de extrema-direita em todo o mundo. Como você enxerga esse fenômeno na América Latina? O regime democrático está em crise na região?

    Peter Hakim – Eu acho prematuro e injustificado alegar uma nova tendência global com base em algumas experiências políticas em diferentes países do mundo. E Trump está no governo há apenas dois anos. A maioria dos governos de direita, de nacionalistas-populistas na Turquia, Egito, Israel, Filipinas e Rússia surgiram antes da eleição de Trump e essas mudanças de direção rumo ao autoritarismo podem ser explicadas por eventos domésticos em cada um dos países, mas não por um contágio.

    Esses países sofrem com os mesmos problemas: desafios econômicos, fluxos inéditos de imigrantes e refugiados, aumento do crime e da violência. E seus eleitores estão reagindo de formas muitos similares. Mas a medida com a qual estão minando os valores democráticos, os direitos humanos e o progresso social varia bastante. As diferenças precisam ser enfatizadas mais do que as similaridades.

    Certamente há uma inclinação à direita hoje na América Latina com as eleições recentes de Mauricio Macri na Argentina, Iván Duque na Colômbia, Sebastián Piñera no Chile e, quase que certamente, Jair Bolsonaro no Brasil. Mas a esquerda prevaleceu em outros países, como o México, a Costa Rica, o Uruguai e o Equador. Mais importante que isso, com exceção de Bolsonaro, nenhum desses presidentes conservadores tem visões extremistas, demonstram tendências autoritárias ou denigrem os direitos humanos e a democracia.

    Muitos deles estão procurando governar com responsabilidade na centro-direita. O Brasil se junta à Venezuela como o país no qual o centro, tanto na direita quanto na esquerda, foi extirpado. De fato, Bolsonaro pode se tornar o Hugo Chávez da direita, embora eu duvide que ele tenha o carisma ou habilidade política para se impor no Brasil com a força de Chávez na Venezuela.

    Portanto, não, eu não vejo uma crise de governança na América Latina. Nem prevejo o colapso da democracia na região. A democracia foi severamente maltratada em alguns países, como Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Cuba, mas vejo eleições justas e competitivas na maior parte da região e governos tentando resolver os problemas que desafiam seus países. Contudo, não temos como escapar de dois fatos: a democracia brasileira corre riscos e o que acontece no Brasil pode ter um impacto profundo e poderoso na América Latina.

    EXAME – A corrida presidencial do Brasil pegou fogo, com candidatos conhecidos do eleitorado e novos nomes se mobilizando para ganhar capital político. O que essa disputa nos mostra sobre o que está acontecendo no país desde o impeachment de Dilma Rousseff em 2016?

    […]

    Leia a entrevista completa na Exame 

    COMENTARIOS DE TARACIUK BRONER:

    Q & A:

    Q

    ¿Qué tan válido ves tú — o legítimo — el temor que reporta la Casa Blanca de que aumente la migración haitiana?

    A

    “Una política de seguridad que funcione debe tener dos pilares: una visión punitivista donde quien comete un delito vaya preso, pero con debido proceso y bajo investigaciones por un poder judicial independiente y, por otro lado, una serie de políticas que sean más sociales y preventivas que eviten la comisión del delito.” 

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